Confesiones II

Sempre pensei, ou melhor, nunca pensei que iria perder, acho que me deu segurança... A maneira em que o conheci. Mas isso não impediu que a nossa amizade, carinho e outros continuam a crescer. Já sei que minhas palavras parecem não fazer sentido mas afinal das contas são só o reflexo do meu pensamento. E é exatamente como me sinto!
Como vazio, como revoltado, como sem rumo.

Como fazer quando uma parte do que você conhece e entende que há mais coisas para que consigamos fazer etc. Enquanto que a outra parte a única coisa que você precisa é estar aninhado num canto e chorar e chorar?

Acredito que estou começando a superar o estado de choque. Quando me deu a notícia achei que fosse uma de suas conversinhas tolas e sem graça, dessas que se faz quando andava aborrecido,;

"Felípe, tenho que de dizer uma coisa..."

Ainda agora mesmo acabo de me recordar daquela pessoa, eu sempre gostei quando se veste de preto, o fazia uma versão mais sexy e não quero dizer que nos outros dias não estava tão atraente o quanto porque isso é impossível. Mas levo tantas e tantas horas pensando e chorando por ti que há um ponto em que os detalhes irão se apagar vagarosamente, mas estes, os mais pequenos, como a barba ficar rasurada, ou como seus olhos que eram uma cor mel diferente combinado com camisa preta. São essas coisas que estou lembrando. Por milagre eu não me joguei para os seus braços ali mesmo,;.

" Eu não vou acreditar em nada, está escondendo essas pulseiras mil vezes e sempre caio nesse jogo, aí quando você se cansar volte para o seu lugar"

Não posso acreditar como fui tonto,burro. De haver sabido o que eu tinha preparado poderia não se realizar. Em troca fiquei ali paradinho adimirando seus olhos e dizer ao mesmo tempo uma bola gigantesca de besteiras que a parte me fizeram parecer uma mamona ou como se estivesse fazendo também seus joguinhos típicos de esconder as minhas coisas, quando é algo que neste momento sinto falta, mais...
Será que pensei no tonto que era? Ou o melhor e dei-lhe pena, não acredito que lhe valham meus sentimentos, sei que o importo bastante, tinha me demonstrado antes.

" Não Felípe, não estou jogando, tem algo que precisa saber de mim"

ããin... Também nem o vi chegar, eu percebi que já não era piada, mas o que poderia ser tão grave?? Agora que eu comecei a lembrar de forma mais clara, ele não deveria estar com aquela cara de preocupação, se supunha que era uma boa notícia a que ele estava me dando? Não??

""Ei cara, você está me assustando, o que está acontecendo?"

Durante todo esse tempo eu não parar de se mexer, continuava a me colocar as pulseiras. Mas estava novamente olhando para os seus olhos, olhei para o relógio e novamente para aqueles olhos. Malditos aqueles lindos olhos. Mas quando vi que baixou a cabeça, eu sabia, bem sim, posso dizer que foi uma sensação no estômago por isso alertou que a tempestade que vinha pra cima de mim.

" 'fulano' já é meu namorado"


Foi como uma cena de filme, com efeitos sonoros como o eco 'Fulano, lano...lano', meus olhos ficaram embaçados, depois já não senti qualquer coisa que você não consegue ver ou ouvir. Era um silêncio, como se estivesse numa câmara fechada e ao mesmo tempo sabia que tinha que contestar algo porque óbvio que esses olhos estavam quase transpassando alguma reação. Pois bem, assim dramático como se lê, é assim que em senti. O que não há dúvida é que sou professor na atuação, assim com todo meu talento e com a capacidade impressionante de esconder meus sentimentos, fiz o mais óbvio...

" Uau... Legal! Que maravilha, fico feliz por ti... Parabéns"

Que estúpido, o melhor é que eu teria feito é começar a chorar, mais vontade não me faltou. Ou talvez partir do zero e teria reduzido o espaço entre os dois e teria dado o melhor de todos os seus beijos da vida, e não é por presumir se tem algo que ele não resiste são os beijos.

"Felípe, não sabe como me sinto aliviado ao ver que ficou de boa, pensei que pudesse ter uma reação diferente."

What?! Agora até aliviado se sente depois que me fez sentir a pior de todas as criaturas. Essa resposta que me deu, só o fez merecer o que eu fiz.
Sair correndo de lá.